sexta-feira, 18 de setembro de 2009

PRINCIPAIS AFECÇÕES CARDÍACAS

Como disse a Arteriosclerose é a denominação genérica de certo número de doenças nas quais se produzem engrossamento e perda de elasticidade da parede arterial. Esta doença generalizada produz hipertrofia e degeneração das pequenas artérias musculares ou arteriolas (arteriolosclerosis) e também nos grandes vasos, que, em sua forma mais grave, provoca a obstrução do vaso. Devido a seus efeitos sobre o cérebro, o coração, os rins, outros órgãos vitais e as extremidades, a cardiopatia aterosclerótica e o acidente vascular cerebral seguem representando a causa principal de mortalidade.

ANGINA DE PEITO

Quando se produz uma obstrução de uma artéria coronária, por exemplo, por uma placa de aterosclerose que obstrui o fluxo, as artérias distales à obstrução dilatam para compensar a queda de pressão. Então se perde a reserva coronária que está em repouso e ao fazer exercício pode ter angina, isto é, isquemia. Pode concluir-se que quando os órgãos solicitam ao coração maior energia, este pode responder a seu trabalho, sempre que também aumente a demanda de oxigénio por parte do próprio músculo cardíaco. A angina de peito é a fase que precede usualmente a um enfarte agudo de miocárdio e, depois dela, alguma das artérias que conduz o sangue aos músculos do coração fica parcialmente obstruída por arteriosclerose, isto é, endurecimento e engrossamento das artérias. A angina é um sintoma e não uma doença. É o resultado directo da falta de sangue no músculo cardíaco (isquemia). Quando alguém se esforça, o coração precisa mais oxigénio para trabalhar mais e quando as artérias coronárias estão afectadas e não podem ajustar-se ao aumento da demanda de sangue, os nervos do coração transmitem mensagens dolorosas de aviso urgente ao cérebro. A dor referida ou irradiada se deve a que o cérebro, por confusão, sente os impulsos desde localizações próximas como os braços, o pescoço ou o maxilar.

ENFARTE DO MIOCÁRDIO

Ataque cardíaco ou enfarte miocárdico se produz quando um coágulo põe obstáculos completos em uma das artérias coronárias, que irrigam o coração; a falta de sangue nos tecidos do coração produz uma destruição parcial ou total do músculo cardíaco. A vítima de um ataque cardíaco usualmente se queixa de uma dor intensa e persistente no tórax, que lhe pressiona o peito e que pode estender-se ao pescoço, ombro e braço esquerdo. Outros sintomas que o advertem são: desmaio, suor, náuseas e falta de ar. Esta é uma emergência médica que, em casos graves, pode produzir paragem cardiorrespiratória e a morte do paciente, pelo que requer hospitalização imediata. O enfarte agudo de miocárdio ocasiona, em muitas ocasiões, mortes prematuras de pessoas em plena etapa produtiva da vida e, quem a supera, pode chegar a deixar sequelas graves como incapacidade prolongada e invalidez.

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

Uma pessoa pode perceber os primeiros sintomas de insuficiência cardíaca se sente mais cansaço do habitual, devido a que seus músculos não obtêm todo o sangue rico em oxigénio que precisam. Também falta de alento quando realiza exercício. Assim mesmo, as pessoas que sofrem esta alteração pode acordar notando falta de alento, inclusive também estando deitada. E, talvez se lhes inchem os pés e os tornozelos, já que, quando se retarda o fluxo de sangue, o organismo retém mais água. Também é habitual que urinem com mais frequência do habitual pela noite e, as vezes, o coração parece bater mais rápido ou irregularmente.

Hipertensão Arterial

- Excesso de pressão nas artérias mantida durante um período de anos e não tratada pode levar a um grande número de complicações, ente as mais importantes destaco: a arteriosclerose, a cardiopatia hipertensiva e o ictus. Estima-se que um 20% da população adulta tem hipertensão ou elevação da pressão sanguínea nas artérias. A pressão arterial normal num adulto sentado e descontraído não deveria passar de 145/90 mm Hg. A existência de cifras mais altas pode ser devida a alterações no rim, hormonais ou ao endurecimento das paredes das artérias por depósitos de gordura. Nestes casos se podem produzir danos graves no coração e no cérebro.

Colesterol – O nível de colesterol e a prevalência de cardiopatia coronária são influenciados pelos factores ambientais e a dieta. Diversos estudos realizados demonstraram que a diminuição dos níveis de colesterol investe a progressão da Cardiopatia coronária e reduz os episódios de isquemia coronária.

Os benefícios da redução dos níveis de colesterol são maiores nos pacientes que apresentam também outros factores de risco, como o consumo de cigarros e a hipertensão.

Tabagismo – O consumo de cigarros aumentam o risco de doença arterial periférica, cardiopatia coronária e de qualquer patologia cerebrovascular. O fumo é particularmente perigoso nos indivíduos com um risco cardiovascular global aumentado.Existe uma relação dose-efeito quanto ao risco de doença coronária e o número de cigarros consumidos ao dia. Os indivíduos que deixam de fumar apresentam só a metade do risco dos que seguem fumando, com independência do tempo que levem fumando.

O prejuízo que sobre nosso organismo produz a hipertensão arterial foi desconhecido durante muito tempo. Até os anos sessenta não se demonstrou com clareza que manter a pressão elevada produzia complicações severas para a saúde (hemorragia cerebral, angina de peito, enfarte de miocárdio e insuficiência cardíaca congestiva) e que uma redução sustentada das pressões arteriais aumenta de forma significativa os anos de vida do paciente, já que diminui os incidentes cardiovasculares característicos nestes pacientes. A doença cerebrovascular é a causa cerca de 30% de mortes do sexo masculino e de 35% do sexo feminino na Europa. Apresenta uma elevada prevalência entre a população. A prevalência da HTA na Europa Ocidental, segundo os estudos epidemiológicos realizados na população adulta nos quais o limite de tensão arterial normal estava situado em cifras iguais ou superiores a 160/95 mmHg, oscilava entre o 20%-30% da população. Estas cifras ascendem até o 30%-40% por cento, ou superiores, quando se aplicam os critérios actuais de normalidade tensional.

A sua detecção e controlo razoável são fáceis. Apesar disso, num recente estudo epidemiológico realizado em Itália, a grande escala, só 44,5% dos hipertensos conheciam que o eram, e 72% destes estavam a ser tratados com fármacos, e unicamente o 15,5% dos tratados estavam controlados optimamente. A pressão é a força com que o sangue circula pelo interior das artérias de nosso corpo. O coração é o motor da circulação sanguínea, com cada um de suas batidas distribui sangue a todos os pontos do corpo através dos vasos sanguíneos: as artérias. Quando o coração se contrai (sístole) o sangue é impulsionado à árvore arterial e neste momento a tensão é máxima ou sistólica e quando se relaxa (diástole) a pressão é mínima ou diastólica. Portanto a pressão se expressa por dois valores Pressão arterial máxima ou sistólica. · Pressão arterial mínima ou diastólica. A pressão arterial não é sempre a mesma. AO longo do dia se vão produzindo aumentos e descidas normais dependendo da actividade que se realize ou do estado afectivo em que nos encontremos.

HIPERTENSÃO

Em algumas pessoas, essa força com que o sangue circula pelo organismo (pressão arterial) encontra-se aumentada de forma crónica, dizemos então que existe hipertensão arterial. A hipertensão é uma doença que não dá sintomas durante muito tempo e deixar a sua evolução sem tratamento pode ser que o primeiro sintoma que dela se tenha, seja uma complicação severa como um enfarte de miocárdio ou uma hemorragia ou trombose cerebral, entre outras patologias cardiovasculares, transtornos que se podem evitar se a tratamos e controlamos adequadamente.

VALORES LIMITES – Hoje aceites como normais são 140 mm de Hg para a pressão arterial sistólica e 90 mm de Hg para a diastólica, popularmente estas cifras de pressão se conhecem como 14 e 9.

PERIGO DA HIPERTENSÃO

A diferença de sobrevivência que há entre um indivíduo com cifras normais de pressão arterial e um hipertenso se deve a que no hipertenso as artérias se endurecem à medida que vão suportando a pressão alta de forma contínua, fazem-se mais gordas e tortuosas, podendo verse dificultado a circulação de sangue através delas. Isto se conhece com o nome de arteriosclerose e está acelerada nas pessoas hipertensas. Portanto, a gravidade da hipertensão essencial reside em que constitui um importante factor de risco para as doenças cardiovasculares e que não apresenta sintomas. Se não se controlam adequadamente os índices de tensão arterial elevada, com o tempo as consequências deste transtorno aparecerão e se afectarão os rins, o coração, os olhos, o cérebro e tudo ao sistema cardiovascular. A pressão elevada faz que aumente o trabalho do coração, o qual incrementa de tamanho e pode chegar a debilitar provocando o que se conhece como insuficiência cardíaca.

O primeiro risco da hipertensão é o enfarte de miocárdio, um hipertenso não tratado tem, como média, mais 10 vezes o risco de morrer de enfarte que um indivíduo com tensão normal. A contínua pressão dentro das principais artérias do cérebro pode chegar a produzir trombos ou rupturas arteriais, podendo dar lugar a hemorragias, dano nas células nervosas, perda de cor, paralisia, etc. rim também sofre as consequências da hipertensão arterial e entre os pacientes hipertensos se produz insuficiência renal com mais frequência que entre os pacientes com a tensão normal. Os pequenos vasos do fundo do olho também se vêem ameaçados pela hipertensão, sua rotura produz hemorragia chegando-se inclusive à perda da visão.

CONTROLO DA HIPERTENSÃO

Se estima que um 20 por cento da população adulta tem hipertensão ou aumento da pressão sanguínea nas artérias. A pressão arterial se eleva quando a pessoa está agitada ou activa, e baixa ao dormir.

A pressão arterial varia com a idade, o sexo, a altitude, o desenvolvimento muscular, a tensão e fadiga.

A pressão arterial normal num adulto sentado e descontraído não deveria passar de 145/90 mm Hg. Defendo estes valores como máximos normais, e há quem defenda outros.

A existência de cifras mais altas pode ser devida a alterações no rim, hormonais ou no endurecimento das paredes das artérias por depósitos de gordura. Nestes casos se podem produzir danos graves no coração e no cérebro, bem como nos rins, o que nos indica a importância de detectar, prevenir e tratar adequadamente a hipertensão arterial, sobretudo evitando ou corrigindo os factores de risco.

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