quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Fibrose Cardíaca Chagásica

A evolução das formas clínicas cardíacas da doença de Chagas está bem caracterizada por meio de estudos clínicos e experimentais, sendo classificada em forma aguda, forma indeterminada e cardiopatia chagásica crônica, a qual engloba a miocardiopatia chagásica e a forma arritmogênica da doença, distúrbios da condução átrio ventricular e/ou intraventricular com função ventricular preservada ou pouco alterada.

FASE AGUDA

Na fase aguda da doença de Chagas observa-se, na maioria dos casos sintomáticos, febre, dor muscular, irritabilidade, conjuntivite, anorexia, vômitos, diarréia, linfadenopatia, hepato-esplenomegalia, miocarditeanemia, trombocitopenia, leucocitose com predominância de linfócitos, funcionamento anormal do fígado e níveis elevados de enzimas cardíacas. Em resultado a esta infecção, o hospedeiro desenvolve ao final de algumas semanas uma resposta imune específica sem que, no entanto, os parasitas sejam completamente erradicados. De qualquer forma, esta resposta imune forte e específica associada à resposta imune inata controla a infecção aguda evoluindo para a fase crônica.

FASE CRÔNICA

envolvimento cardíaco na doença de Chagas é a forma mais grave, ocorrendo em 30-40% dos indivíduos infectados. Aproximadamente 70% dos indivíduos infectados não desenvolverão doença clínica e permanecerão na chamada forma indeterminada da doença e terão bom prognóstico em longo prazo.

É clinicamente evidente e pode incluir taquicardia, disfunção bi-ventricular severa, insuficiência cardíaca progressiva, distúrbios graves da condução atrioventricular e intraventricular, arritmias ventriculares complexas, fenômenos tromboembólicos e cardiomegalia com elevados índices de morbidade e mortalidade, seja por falência miocárdica ou por morte súbita. Histologicamente se verifica uma miocardite linfocitária difusa, escassos ninhos de parasitas, fibrose intersticial difusa e atrofia dos miócitos.

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