segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Enfisema pulmonar - Causas, sintomas, diagnóstico, tratamento

O enfisema pulmonar é uma doença degenerativa, que geralmente se desenvolve depois de muitos anos de agressão aos tecidos do pulmão devido ao cigarro e outras toxinas no ar.
Essas toxinas destroem os pequenos sacos de ar no pulmão, chamados alvéolos os quais incham quando transportam oxigênio do ar para os pulmões e encolhem para forçar o dióxido de carbono para fora. Como resultado, os pulmões perdem sua elasticidade e exalar fica difícil. À medida que os danos progridem, o esforço para respirar aumenta. Enfisema é parte de um grupo de doenças pulmonares denominado "doença pulmonar crônica obstrutiva", que interfere com a respiração normal. Outras doenças desse grupo incluem asma e bronquite.

Causas do enfisema pulmonar

Milhões de pessoas têm enfisema, e fumar cigarro é a causa principal. Acredita-se também que a exposição à poluição atmosférica e inalação de fumaça de cigarro e detritos no trabalho sejam fatores que contribuem para enfisema pulmonar.

Sinais e sintomas de enfisema pulmonar

O principal sintoma de enfisema é a falta de fôlego ou a sensação de não estar inalando ar suficiente. A pessoa pode visitar o médico inicialmente porque sentiu falta de ar durante uma atividade, mas à medida que a doença progride esse sintoma pode ficar presente todo o tempo. Tosse, respiração difícil, e produção crônica de muco são outros sintomas comuns.

Diagnóstico do enfisema pulmonar

O diagnóstico do enfisema pulmonar não pode ser baseado apenas nos sintomas. É preciso um histórico focando na quantidade e duração desses sintomas e hábitos ocupacionais e de fumo. O médico examinará o peito, observando os padrões de respiração, e monitorará o esforço que a pessoa faz para respirar. O exame também incluirá a observação do grau de inflação total dos pulmões, escutar o peito com um estetoscópio para ouvir o fluxo de ar, e escutar sons que determinam a taxa e ritmo de qualquer sinal de esforço violento do coração que pode acompanhar os estágios avançados de enfisema. Adicionalmente, testes da função pulmonar podem determinar várias características e capacidades dos pulmões. Esses testes incluem espirometria, medição do gás no sangue arterial, oximetria de pulso, e raio-x.

Tratamento do enfisema pulmonar

Há várias opções de tratamento que podem ajudar pacientes com enfisema, porém o passo mais importante é parar de fumar. Ao parar de fumar quando as obstruções de fluxo de ar ainda são leves ou moderadas retarda-se o desenvolvimento da falta de ar incapacitante. Porém, parar de fumar em qualquer ponto da doença é benéfico. Pessoas com enfisema pulmopnar também devem evitar exposição a outros poluentes no ar. As opções de tratamento do enfisema pulmonar incluem: remédios broncodilatadores, anti-inflamatórios corticosteróides, terapia com oxigênio (suplemento de oxigênio complementar), cirurgia de redução dos pulmões, transplante de pulmão (devido aos riscos é viável apenas para um pequeno grupo de pacientes) e programa de exercícios físicos.

Vilão da asma

Com o auxílio de camundongos geneticamente modificados, novas evidências, publicadas na edição desta sexta-feira (17/9) da revista Science, devem transformar algumas suspeitas antigas em realidade. Há mais de um século, a ligação entre os eosinófilos – grupo de células do sistema imunológico humano – e a asma é debatida no mundo científico.
A polêmica da importância ou não desse tipo de leucócitos (células brancas do sangue) para a asma e outras doenças alérgicas sempre existiu, mas agora os eosinófilos, segundo os dois estudos, podem ser considerados mais vilões do que nunca.
Um grupo de 16 pesquisadores, liderado por James Lee, da Clinica Mayo do Arizona, conseguiu provar a importância dessas células por meio de uma experiência realizada com ratos transgênicos. Os cientistas desenvolveram um animal sem a presença de eosinófilos no sangue, mas com todas as outras células do sistema imune mantidas pela transgenia.
Ao ser provocado um ataque de asma nesses ratos transgênicos, os pesquisadores se depararam com uma situação interessante. Sem os leucócitos específicos no sangue, que podem estar ligados com o surgimento dos sintomas da asma, os animais no laboratório não exibiram hipersensibilidade em suas vias aéreas e também não desenvolveram muco em excesso, uma das conseqüências sempre observadas em doentes de asma.
“Os resultados não apenas nos ajudam a entender melhor princípios básicos das causas da asma, mas devem auxiliar também a encontrar aproximações terapêuticas novas”, escreveu Lee na conclusão do artigo.
O outro grupo, liderado por Alison Humbles, do Hospital Pediátrico da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, também seguiu na mesma linha do grupo do Arizona. Os camundongos que sofreram com os ataques de asma também não tinham eosinófilos no sangue.
“Os nossos dados sugerem que esse tipo específico de células brancas contribuem, de forma substancial, para a remodelagem das vias aéreas, mas não obrigatoriamente para a disfunção pulmonar induzida pela alergia”, disseram. De certa forma, os pesquisadores conseguiram identificar uma relação afirmativa entre os eosinófilos e as alterações estruturais associadas com a asma.
Do ponto de vista fisiológico, a asma é o afunilamento dos bronquíolos. Esse processo, como impede a passagem do ar, compromete o funcionamento do sistema respiratório. A sensação de sufoco aparece porque os asmáticos têm mais dificuldade em liberar o ar para o meio externo do que inspirar. A secreção de muco, o que acaba provocando uma alteração estrutural das vias aéreas, é decorrente do processo inflamatório.

Linfoma


O Linfoma é um tipo de câncer saguíneo considerada a quinta causa de morte em pacientes oncológicos. O problema é que no Brasil, cada vez mais pessoas morrem e o governo sequer faz campanhas de conscientização. Pesquisas mostram que 74% da população mundial não sabem que linfoma é um tipo de câncer e mais de 30% desconhece a existência da doença.
No Brasil, apenas 12% da população sabe a respeito e 6% é capaz de identificar algum dos sintomas. Segundo últimos dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2004 foram registrados 3.194 mortes por linfoma no Brasil, uma média de 8,5 mortes por dia. No mundo estima-se que mais de 180 mil novos casos sejam registrados ao ano. No dia 15 de setembro será comemorado o Dia Munbdial da Conscientização de Linfoma, com o objetivo de sensibilizar o governo a organizar mais campanhas para a população. O Dr. Carlos Chiattone, presidente da Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia poderá falar sobre o assunto.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a doença se origina nos linfonodos (gânglios) do sistema linfático, um conjunto composto por órgãos, tecidos que produzem células responsáveis pela imunidade e vasos que conduzem estas células através do corpo.
Esta doença pode ocorrer em qualquer faixa etária; no entanto, é mais comum na idade adulta jovem, dos 15 aos 40 anos, atingindo maior freqüência entre 25 a 30 anos.
Os órgãos e tecidos que compõem o sistema linfático incluem linfonodos, timo, baço, amígdalas, medula óssea e tecidos linfáticos no intestino. A linfa, um líquido claro que banha estes tecidos, contém proteínas e células linfóides. Já os linfonodos (gânglios) são encontrados em todas as partes do corpo, principalmente no pescoço, virilha, axilas, pelve, abdome e tórax; produzem e armazenam leucócitos denominados linfócitos.

Fatores de risco do linfoma

Pessoas com sistema imune comprometido, como conseqüência de doenças genéticas hereditárias, infecção pelo HIV, uso de drogas imunossupressoras, têm risco um pouco maior de desenvolver a doença. Membros de famílias nas quais uma ou mais pessoas tiveram diagnóstico da doença também têm risco aumentado de desenvolvê-la, mas não se deve pensar que é certo de acontecer.

Sintomas do linfoma

A doença pode surgir em qualquer parte do corpo e os sintomas dependem da sua localização. Caso se desenvolva em linfonodos que estão próximos à pele, no pescoço, axilas e virilhas, os sintomas provavelmente incluirão a apresentação de linfonodos aumentados e indolores nestes locais. Se a doença ocorre na região do tórax, os sintomas podem ser de tosse, "falta de ar" (dispnéia) e dor torácica. E quando se apresenta na pelve e no abdome, os sintomas podem ser de plenitude e distensão abdominal. Outros sintomas incluem febre, fadiga, sudorese noturna, perda de peso, e prurido ("coceira na pele").

Infecção HPV – Papilomavírus Humano

A infecção genital por HPV é uma doença sexualmente transmissível cuja causa é o papilomavírus humano (HPV), que é o nome de um grupo de vírus que inclui mais de 100 variedades diferentes. Mais de 30 desses vírus são transmitidos sexualmente e podem infectar a área genital de homens e mulheres incluindo a pele do pênis, vulva (área de exterior da vagina) ou ânus, e o revestimento da vagina, cérvix ou reto. A maioria das pessoas infectadas com HPV não apresenta sintomas e serão curadas por si mesmas. Alguns desses vírus são do tipo de "alto-risco" e podem ocasionar câncer no cérvix, vulva, vagina, ânus ou pênis. Outros são chamados de "baixo risco" e podem causar verrugas nos genitais.
Os tipos de HPV que infectam a área genital são espalhados principalmente pelo contato genital. A maioria das infecções de HPV não apresenta sinais ou sintomas, desta forma a maioria das pessoas não sabe que está infectada mas pode passar o vírus ao parceiro sexual. Em raros casos a mulher grávida pode passar HPV ao bebê durante o parto natural.
A maioria das pessoas com infecção genital de HPV não sabe que está infectadas. O vírus vive na pele ou membranas mucosas e geralmente não causa sintomas. Algumas pessoas apresentam verrugas visíveis na área dos genitais ou têm alterações pré-cancerígenas no cérvix, vulva, ânus ou pênis. Em casos raros a infecção por HPV pode ocasionar câncer no ânus ou genitais.
A maioria das mulheres tem o diagnóstico de HPV baseado em teste papanicolau anormal. O teste de papanicolau é a principal ferramenta para diagnosticar câncer cervical ou alterações pré-cancerígenas no cérvix relacionadas ao HPV. Também há um teste específico para detectar o DNA do HPV em mulheres. Não há teste de HPV para homens.
Não existe "cura" para a infecção de HPV, embora na maioria das mulheres ela desapareça por si mesma. O tratamento é direcionado às alterações na pele ou membrana mucosa causadas pela infecção de HPV, como as verrugas e alterações pré-cancerígenas no cérvix.
O meio mais seguro de eliminar o risco de infecção de HPV é evitar contato genital com outras pessoas. Para aqueles sexualmente ativos, o relacionamento mutuamente monogâmico com um parceiro não infectado é a forma mais segura de prevenir infecções por HPV. Porém, é difícil determinar se o parceiro que esteve sexualmente ativo no passado não esteja infectado.
Para aqueles sexualmente ativos que não têm relação monogâmica de longo prazo, reduzir a quantidade de parceiros sexuais e escolher parceiro de menor risco diminui a probabilidade de contrair infecção por HPV. Parceiros de menor risco são aqueles que têm menos chances de estarem infectados por terem poucos parceiros sexuais anteriores.
Infecção por HPV pode ocorrer em áreas genitais de homens e mulheres não cobertas pelo preservativo de látex, de modo que a eficiência deste para prevenir a infecção não está determinada. Porém, o uso de preservativos tem sido associado a uma menor taxa de câncer cervical, uma doença relacionada à infecção por HPV.

Câncer de pele tipo melanoma

O melanoma é um tipo de câncer de pele. Dentre os tipos de câncer de pele, o melanoma é o mais agressivo. Existem 3 tipos de cânceres de pele:* Melanoma.* Câncer de pele basocelular.* Câncer de pele espinocelular
Em homens, o melanoma é geralmente encontrado no tronco, cabeça ou ombro. Nas mulheres, melanoma geralmente desenvolve-se nos braços e pernas. Melanoma geralmente ocorre em adultos, mas algumas vezes é encontrado em crianças e adolescentes.
Sinais na pele diferentes, exposição ao sol, e histórico médico podem afetar o risco de desenvolver câncer de pele do tipo melanoma.
Qualquer coisa que eleva o risco da pessoa ter uma doença é um fator de risco. Ter um fator de risco não significa que sofrerá câncer de pele; assim como não ter fator de risco não significa que estará imune. O fatores de risco para melanoma são:
  • Sinais na pele diferentes.
  • Exposição à luz do sol.
  • Exposição à luz ultravioleta artificial (bronzeamento artificial).
  • Histórico familiar ou pessoal de melanoma.
  • Ter pele branca e mais de 20 anos de idade
  • Ter cabelo loiro ou ruivo.
  • Ter olhos azuis.

Possíveis sinais de melanoma incluem alteração na aparência de um sinal ou área pigmentada. Esse e outros sintomas podem ser causados por melanoma, mas outras condições também podem ocasioná-los. Um médico deve ser consultado caso:

  • Um sinal tenha alteração no tamanho, forma ou cor.
  • Um sinal tenha bordas irregulares
  • Um sinal tenha mais de uma cor.
  • Um sinal seja assimétrico.
  • Um sinal coce.
  • Um sinal sangre.
  • Ocorram alterações na pele pigmentada.
  • Apareçam sinais crescendo perto de um já existente.

Diagnóstico do câncer de pele do tipo melanoma - Testes que examinam a pele são usados para detectar e diagnosticar melanoma. Se um sinal ou área pigmentada muda ou pareça anormal, os seguintes testes e procedimentos podem ajudar no diagnóstico e detecção do melanoma:

Exame da pele e Biópsia.

Áreas suspeitas não devem ser raspadas ou cauterizadas.

Prognóstico e opções de tratamento para câncer de pele do tipo melanoma

Diferentes tipos de tratamento estão disponíveis para pacientes com melanoma. Alguns tratamentos são padrão e outros estão sendo testados. Os quatro tipos de tratamento padrão para melanoma são cirurgia, radioterapia, quimioterapia e terapia biológica

Cirurgia no tratamento de melanoma

A cirurgia para remover o tumor é o principal tratamento para todos os estágios de melanoma. Mesmo que o médico remova todo o melanoma que pode ser visto na época da cirurgia, pode ser oferecida quimioterapia a alguns pacientes depois da operação para matar qualquer célula cancerosa que tenha restado. Quimioterapia após a cirurgia aumenta as chances de cura.

Quimioterapia no tratamento de melanoma

A quimioterapia usa medicamentos para interromper a proliferação de células cancerosas, seja as matando, seja as impedindo de se dividir.

Radioterapia no tratamento de melanoma

A radioterapia usa raio-x de alta energia ou outros tipos de radiação para matar as células cancerosas ou as impedir de se dividirem.

Terapia biológica no tratamento de melanoma

A terapia biológica é um tipo de tratamento que usa o sistema imunológico do paciente para lutar contra o câncer. Substâncias fabricadas pelo corpo ou feitas em laboratório são usadas para elevar, direcionar ou restaurar as defesas naturais do corpo contra o câncer.

Lesão na medula espinhal

A medula espinal é um feixe de nervos longo, fino e tubular, o qual é a extensão do sistema nervoso central desde o cérebro, e que está encapsulado e protegido pela coluna vertebral. A principal função da medula espinhal é a transmissão de estímulos neurais entre o cérebro e o corpo.

O que é lesão na medula espinhal
Uma lesão na medula espinhal geralmente começa com pancada súbita na espinha que fratura ou desloca vértebras. O dano começa no momento da lesão, quando fragmentos de ossos, material do disco ou ligamentos machucam ou dilaceram para dentro da medula espinhal. A maioria das lesões na medula espinhal é causada por fraturas e compressão das vertebras, as quais esmagam e destroem os axônios, que são extensões de células nervosas que transportam sinais pela medula espinhal entre o cérebro e o resto do corpo.
Uma lesão na medula espinhal pode danificar alguns, muitos ou quase todos esses axônios. Algumas lesões serão praticamente totalmente recuperadas, enquanto outras podem resultar em paralisia completa.
Tratamento para lesão na medula espinhal
A melhoria nos cuidados de emergência para pessoas com lesão na medula espinhal e tratamento e reabilitação agressivos podem minimizar os danos ao sistema nervoso, e até restaurar habilidades limitadas. Complicações respiratórias são geralmente uma indicação de lesão severa na medula espinhal, sendo que em torno de 1/3 daqueles com lesão na área do pescoço precisarão de auxílio para respirar. O medicamento metilprednisolona parece reduzir os danos às células nervosas se for dado dentro de 8 horas após a lesão. Programas de reabilitação combinam fisioterapia com atividades para desenvolver habilidades.
Prognóstico para lesão na medula espinhal
Lesões na medula espinhal são classificadas como completas ou incompletas. Uma lesão incompleta significa que a capacidade da medula espinhal transmitir mensagens de e para o cérebro não foi completamente perdida. Pessoas com lesão incompleta retêm alguma função motora e sensorial abaixo do nível da lesão. A lesão completa é indicada pela total falta de função sensorial e motora abaixo do nível da lesão. Pessoas que sobrevivem de lesão na medula espinhal provavelmente terão complicações médicas como dor crônica e disfunção no intestino e bexiga, assim como maior susceptibilidade a problemas cardíacos e respiratórios. A boa recuperação depende de como essas condições crônicas serão administradas no dia-a-dia.
Que pesquisas estão sendo feitas sobre lesão na medula espinhal
O "National Institute of Neurological Disorders and Stroke" (NINDS), nos Estados Unidos, conduz pesquisas que dão aos médicos e pacientes esperanças de que seja possível reparar lesões na medula espinhal. As pesquisas básicas sobre a medula espinhal estão sendo acompanhadas por progressos nas pesquisas clínicas, especialmente na compreensão de tipos de fisioterapia que funcionam melhor. Algumas das técnicas promissoras de reabilitação estão ajudando pacientes com lesão na medula espinhal a ganharem maior capacidade de mobilidade.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Leucemia - Causa, tipos e seu tratamento


A palavra leucemia refere-se um grupo de cânceres que afetam as células brancas do sangue. Leucemia se desenvolve na medula óssea, a qual produz três tipos de células sanguíneas:

  • Células vermelhas que contêm hemoglobina e são responsáveis por transportar oxigênio pelo corpo.
  • Células brancas que combatem infecções.
  • Plaquetas que auxiliam a coagulação sanguínea.

Leucemia é caracterizada pela produção excessiva de células brancas anormais, superpovoando a medula óssea. A infiltração da medula óssea resulta na diminuição da produção e funcionamento de células sanguíneas normais. Dependendo do tipo, a doença pode se espalhar para os nódulos linfáticos, baço, fígado, sistema nervoso central e outros órgãos e tecidos, causando inchaço na área afetada.

Sintomas da leucemia - Danos à medula óssea resultam na falta de plaquetas no sangue, as quais são importantes para o processo de coagulação. Isso significa que pessoas com leucemia podem sangrar excessivamente. As células brancas do sangue, que estão envolvidas no combate a agentes patogênicos, podem ficar suprimidas ou sem função, colocando o paciente sob risco de infecções. Já a deficiência de células vermelhas ocasiona anemia, a qual pode causar falta de ar e fadiga. Pode ocorrer dor nos ossos ou articulações por causa da extensão do câncer a essas áreas. Dor de cabeça e vômito podem indicar que o câncer disseminou-se até o sistema nervoso central. Em alguns tipos de leucemia pode os nódulos linfáticos podem ficar dilatados. Todos esses sintomas podem também ser atribuídos a outras doenças. Para o diagnóstico é preciso fazer teste de sangue e biópsia da medula óssea.

Leucemia aguda x crônica

Leucemia aguda - é caracterizada pele crescimento rápido de células sanguíneas imaturas. Esse apinhamento torna a medula óssea incapaz de produzir células sanguíneas saudáveis. A forma aguda de leucemia pode ocorrer em crianças e adultos jovens, O tratamento imediato é necessário na leucemia aguda devido à rápida progressão e acúmulo de células malignas, as quais entram na corrente sanguínea e se espalham para outras partes do corpo. Se não houver tratamento, o paciente morrerá em alguns meses ou até semanas.

Leucemias crônicas - são distinguidas pelo acúmulo de células sanguíneas relativamente maduras porém ainda assim anormais. Geralmente levando meses ou anos para progredir, as células brancas anormais são produzidas numa taxa bem maior que as normais. Leucemia crônica geralmente ocorre em pessoas idosas, mas pode afetar qualquer faixa etária. Enquanto a leucemia aguda deve ser tratada imediatamente, a forma crônica alguma vezes é monitorada por algum tempo antes do tratamento, para assegurar a eficiência máxima da terapia.

Causas da leucemia

A causa exata da leucemia não é conhecida, mas ela é influenciada por fatores genéticos e ambientais. Como outros tipos de câncer, as leucemias resultam de mutações somáticas no DNA, as quais podem ocorrer espontaneamente ou devido à exposição à radiação ou substâncias cancerígenas, e tem sua probabilidade influenciada por fatores genéticos. Vírus também têm sido associados a algumas formas de leucemia. Anemia de Fanconi também é um fator de risco para o desenvolvimento de leucemia mielóide aguda.

Prognóstico e tratamento da leucemia

O prognóstico e tratamento diferem de acordo com o tipo de leucemia. O tratamento deve ser moldado de acordo com o tipo de leucemia e características do paciente.

DETECÇÃO PRECOCE PARA O CÂNCER DE PRÓSTATA

O que é detecção precoce ou screening de um tipo de câncer?

Detecção precoce ou screening para um tipo de câncer é o processo de procurar um determinado tipo de câncer na sua fase inicial, antes mesmo que ele cause algum tipo de sintoma. Em alguns tipos de câncer, o médico pode avaliar qual grupo de pessoas corre mais risco de desenvolver um tipo específico de câncer por causa de sua história familiar, por causa das doenças que já teve ou por causa dos hábitos que tem, como fumar, consumir bebidas de álcool ou comer dieta rica em gorduras.
A isso se chama fatores de risco e as pessoas que têm esses fatores pertencem a um grupo de risco. Para essas pessoas, o médico pode indicar um determinado teste ou exame para detecção precoce daquele câncer e com que freqüência esse teste ou exame deve ser feito. Para a maioria dos cânceres, quanto mais cedo (quanto mais precoce) se diagnostica o câncer, mais chance essa doença tem de ser combatida.

Qual é o teste que diagnostica precocemente o câncer de próstata?

A próstata é uma glândula masculina que se localiza entre a bexiga e o reto. Essa glândula participa da produção do sêmen, líquido que carrega os espermatozóides produzidos no testículo. Ela envolve a uretra e seu tamanho normal é de uma azeitona. Essa glândula é composta por vários tipos de células, mas o câncer mais conhecido como câncer de próstata é aquele do tipo adenocarcinoma.
Não se sabe qual o mecanismo que leva as células glandulares da próstata a sofrerem uma malignização e, apesar de se ter lesões precoces reconhecíveis, como a neoplasia intracelular de próstata, lesões benignas precursoras não são comumente identificáveis.
Tipos de exames:

Ultra-sonografia transretal - O exame de ultra-sonografia ou ecografia transretal é um exame em que um transdutor (aparelho que emite uma onda sonora e o seu eco é captado pelo mesmo aparelho para gerar uma imagem na tela de um monitor) é introduzido no reto do paciente através do ânus, e assim, de modo semelhante ao exame do toque retal, a próstata e as outras estruturas do assoalho pélvico são visualizados para se detectar alterações de tamanho ou forma.

O exame de toque retal - é aquele em que um médico especialista ou profissional treinado introduz o dedo indicador recoberto por uma luva no ânus do paciente afim de palpar a porção anterior do reto, região em que se localiza a próstata. Se há uma aumento da glândula ou a presença de endurecimento ou nódulos, o examinador pode definir aonde se localiza essa alteração e recomendar outros exames diagnósticos mais detalhados para se descartar ou não a possibilidade de uma alteração neoplásica.

O exame de PSA (antígeno prostático-específico) - O PSA, ou Antígeno Prostático-Específico, é um exame de sangue que mede níveis de uma substância relacionada a alterações presentes na próstata. Na maioria das vezes, quando muito aumentado, significa que houve uma alteração maligna das células dessa glândula. Porém, quando os níveis estão levemente aumentados, pode ser devido a qualquer outra alteração da próstata, inclusive um toque retal recente. Por outro lado, alguns pacientes com câncer de próstata não tem esse exame alterado.

Durante muitos anos, o único exame realizado para detectar alterações na próstata foi o toque retal. Desta época, sabe-se que é um exame relativamente fácil de ser feito, sem grandes complicações ou efeitos colaterais associados. Sabe-se também que esse exame é capaz de diagnosticar esse tipo de câncer na sua fase bem inicial, quando feito regularmente. Porém, nenhum estudo demonstrou que fazer esse exame anualmente ou duas vezes por ano diminui a chance de morrer por esse tipo de câncer.

Quais os fatores de risco mais comuns associados ao câncer de próstata?

Idade: Câncer de próstata é muito raro em homens de menos de 50 anos, porém após essa época, a chance de desenvolvê-lo aumenta com a idade indefinidamente de forma linear.

História familiar: Ter tido um familiar próximo, como pai, irmão ou filho com esse tipo de câncer, aumenta a chance de uma pessoa desenvolver câncer de próstata.

Dieta: Consumo excessivo de álcool, dieta com pouca fibra e poucas fontes de vitaminas também são fatores de risco para esse tipo de câncer.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

EXAMES COMPLEMENTARES POR IMAGENS NO DIAGNÓSTICO DE PATOLOGIAS EM GLÂNDULAS SALIVARES

Mudanças no tamanho de uma glândula salivar podem indicar doenças sistêmicas. Porém, é difícil avaliar corretamente estas mudanças somente através de exame clínico. Métodos complementares podem auxiliar de forma fundamental no diagnóstico. Por causa da importância de se identificar pequenos cálculos nas glândulas salivares como a causa de um conjunto de sintomas, radiografias intrabucais e tomografia computadorizada são os melhores exames para uma avaliação inicial. A sialografia pode ser utilizada na avaliação de sialoadenites crônicas. Os autores discutem estes e outros exames, como a cintilografia e a ultra-sonografia, no diagnóstico e no tratamento das patologias das glândulas salivares.
Uma mudança no tamanho de uma glândula salivar pode indicar a presença de doenças sistêmicas. Porém, é difícil diagnosticar corretamente alterações patológicas somente com o recurso do exame clínico. Para tanto, devemos lançar mão de exames complementares para o diagnóstico.
Cálculos salivares são responsáveis por mais de 50% das patologias, sendo a causa mais comum de inflamações agudas e crônicas nas glândulas salivares maiores. O diagnóstico dos cálculos salivares está baseado na história do paciente, no seu rigoroso exame clínico e nos exames radiológicos complementares.
Os tipos de exames q podem ser usados são:

Radiografias - O exame radiográfico convencional tem sido utilizado, ao longo dos anos, para diagnosticar sialolitos. No entanto, com o advento de novas técnicas de diagnóstico por imagens e pela diversidade de patologias das glândulas salivares, este recurso complementar tem sido cada vez menos utilizado. Todavia, este é, geralmente, o primeiro exame complementar que utilizamos, em nossos consultórios, devido à facilidade técnica, ao baixo custo e à aparelhagem disponível.
Sialografia - O exame sialográfico tem sido utilizado para examinar o sistema de ductos das glândulas salivares maiores com o objetivo de delinear modificações obstrutivas, inflamatórias, traumáticas e neoplásicas. A sialografia está indicada como auxiliar na detecção de áreas radiopacas e/ou radiolúcidas exigindo o uso de cateterização do ducto para injeção de contraste e posterior exposição à radiação. A sialografia convencional promove uma imagem com grande qualidade em resolução espacial.
Cintilografia - A cintilografia é um método consagrado para o estudo da função e da vitalidade das glândulas salivares. É um exame indicado para avaliação de tratamentos da xerostomia e na avaliação do aumento progressivo do tecido salivar funcional.
Ultra-Sonografia - A glândula parótida e a submandibular são de fácil acesso para o exame de ultra-som. Ambas as estruturas proporcionam um eco claro, que é similar ao da glândula tireóide. Este exame permite uma diferenciação segura entre as massas intra e extraglandulares, podendo, ainda, diferenciar lesões císticas de sólidas.

Canibalismo - Casos Patológicos


Canibalismo consiste no acto de consumir uma parte, várias partes ou a totalidade de um indivíduo da mesma espécie. Veja também o artigo Antropofagia. O termo tem origem no idioma arawan, por via do espanhol Caribales ou Canibales, falada por uma tribo indígena da América do Sul conhecida por manter essa prática. Cariba em arawak, significa "corajoso".

A prática, conforme afirmam antropólogos e arqueólogos, era encontrada em algumas comunidades ao redor do mundo. Foram encontradas evidências na África, América do Sul, América do Norte, ilhas do Pacífico Sul e nas Caraíbas (ou Antilhas). Na maioria dos casos, consiste num tipo de ritual religioso / mágico como uma forma de prestar seu respeito e desejo de adquirir as suas caraterísticas.

Um dos grupos canibais mais famosos são os astecas, que sacrificavam seus prisioneiros de guerra e comiam alguns deles. Eles comiam os prisioneiros de guerra e outras vítimas, numa prática conhecida como exocanibalismo ou exofagia, ou seja, canibalismo praticado em indivíduos de tribos diferentes. O canibalismo que consiste no acto de consumir parte dos corpos de seus parentes e amigos mortos, é chamado de endocanibalismo.

Os poucos casos de canibalismo de humanos registrados na história da sociedade ocidental moderna estão ligados a situações limites, satisfação do instinto de sobrevivência do indivíduo perante uma opção de vida ou morte.

Em 1846, um grupo de 90 pessoas liderado por George Donner ficou preso em uma nevasca no alto de Serra Nevada, na Califórnia. Os sobreviventes tiveram que comer a carne de seus companheiros mortos para permanecerem vivos. Uma história semelhante ocorreu em 1972. Um avião da Força Aérea do Uruguai, que transportava a Selecção de Rúgbi, despenhou na Cordilheira dos Andes. Apenas 16 pessoas se salvaram. O estoque de alimentos a bordo acabou rapidamente e o único meio encontrado pelo grupo para sobreviver foi recorrer aos corpos dos colegas mortos.






Casos patológicos extremos

O alemão Fritz Harmann, conhecido como o vampiro de Hannover, foi condenado em 1924 pelo assassinato de 27 garotos. Ele fazia salsicha da carne dos meninos, não somente para consumo próprio, como também para venda.

No passado, alguns casos famosos de canibalismo foram também associados a um contexto sexual. Por exemplo, nos EUA, durante a década de 1920, Albert Fish estuprou, matou e devorou várias crianças, alegando ter tido um grande prazer sexual resultante de seus actos. O russo Andrei Chikatilo, que matou pelo menos 53 pessoas entre 1978 e 1990, também era praticante do canibalismo com conotações sexuais.

Em 2002, a polícia alemã encontrou na casa de Armin Meiwes, técnico de informática residente em Rotenburgo, em Hessen, pedaços de um corpo humano no frigorífico. Tratava-se de Bernd-Jürgen Brandes, de 43 anos, que o procurara em resposta a um anúncio colocado por Meiwes na internet procurando por "jovens corpulentos entre 18 e 30 anos para abate". Além de matá-lo, Meiwes cortou seu pênis e comeu-o flambado. Meiwes contou à polícia que Brandes concordou que partes de seu corpo fossem cortadas e cozidas. Depois de terem comido juntos, Brandes teria concordado em ser morto.