As calcificações são classificadas segundo os tipos e sua distribuição: tipos de calcificações ,benignas, intermediárias e provavelmente malignas; Distribuição: agrupadas, lineares, segmentares e regionais difusas.
- Benignas - Entre as calcificações tipicamente benignas listam-se as calcificações da pele da mama com centros radiotransparentes; calcificações vasculares, com aspecto de paralelas ou tubulares e lineares; grosseiras (Tipo "pipocas"), clássicas no fibroadenomas involuídos; bastonetes, freqüentes na mastites plasmocitária e ectasia ductal; redondas, centro translúcidas (necrose gordurosa, ductos calcificados e fibroadenomas); casca-de-ovo, encontradas na necrose gordurosa e paredes de cistos; leite-de cálcio, freqüentes em cistos; calcificações distróficas, comum em mamas irradiadas ou pós-trauma; calcificações de suturas, após radioterapia – lineares ou tubulares; e puntiformes, redondas ou ovais, menores que 0,5mm2 .
- Intermediárias - São calcificações amorfas, geralmente redondas ou em flocos, suficientemente pequenas ou duvidosas para que sua morfologia especifica seja determinada2 .
- Provavelmente malignas - Destacam-se dois tipos; as pleomórficas ou heterogêneas, que apresentam tamanho e forma irregulares, e são menores de 0,5cm. As ramificadas são lineares, finas e irregulares, descontínuas e menores de 0,5 mm em sua extensão.
Distribuição
As calcificações podem ser agrupadas, múltiplas podendo ocupar uma área inferior a 2 cm2, lineares, dispostas de forma linear, segmentares, sugere depósitos intraductais e quando ramificadas sugere câncer multifocal, principalmente se a morfologia for intermediária ou suspeita; regionais, dispersas em grande área e não respeita os trajeto ductais – geralmente benignas; e difusas, distribuídas aleatoriamente – benignas.
Quando biopsiar?
As categorias mamográficas propostas pelo ACR (American College of Radiology) e BI-RADS (Breast Imaging Reporting and Data System) devem ser os critérios para a conduta. São cinco as categorias propostas: categoria 1, negativa (0%); categoria 2, achados benignos (0%); categoria 3, achados provavelmente benignos (<2%>90%).
Na categoria 4, as lesões não têm características de câncer; entretanto, não se pode classificar como provavelmente benignas (discutir com a paciente a possibilidade de biopsiar).
As lesões classificadas na categoria 5, altamente sugestivas de malignidade, biopsiar sempre (>90% de positividade para câncer de mama).
Ao considerar como critérios de investigação - apenas o tipo e distribuição das calcificações é prudente indicar a biópsia paras as calcificações provavelmente malignas do tipo pleomorficas ou heterogêneas e ramificadas e as de distribuição agrupadas e segmentares.
As biópsias devem ser feitas com o uso de agulha grossa (core-biopsia) ou mamotomia, ambas guiadas pela mamografia. As microcalcificações devem sempre ser localizadas no pré-operatório, por meio de fios guias metálicos, que podem ser aplicados sob orientação ultra-sonográfica ou radiológica, valendo-se de estereotaxia ou de aplicação com base na orientação espacial .
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